sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Perigo: chuva

Por Camila Devitte Dal Pian

Uma das principais conseqüências da poluição do ar são as chuvas ácidas.
Substâncias como óxidos de nitrogênio e de enxofre são liberadas durante a
queima de carvão ou de petróleo por carros e fábricas. Tais resíduos, em
contato com a água, formam os ácidos nítrico e sulfúrico encontrados nas
chuvas ácidas.
As chuvas não ocorrem necessariamente nas cidades que produzem os poluentes.
Na maioria das vezes, essas substâncias viajam pela atmosfera e
precipitam-se em cidades com baixo índice de poluição. Este acontecimento é
muito comum na Europa. Um exemplo são os problemas enfrentados pela Suécia e
Noruega, que sofrem com os resíduos produzidos pela Inglaterra. Na Suécia,
10 mil lagos estão praticamente mortos. Já na Noruega, outros 2 mil perderam
seus peixes.
Por causa de sua composição, as chuvas ácidas provocam a alteração dos
componentes do solo e envenenamento da fauna e flora. Assim o solo se
empobrece e compromete a vegetação, bem como a cadeia alimentar. As chuvas
ácidas também são responsáveis pelo deterioramento de metais, rochas e
edifícios.
No Brasil, a região com maior problema de poluição é a de Cubatão, próxima
á Serra do Mar. Os altos índices de substâncias poluentes provocam a morte
da vegetação nativa. Por este motivo, corre-se o risco de que ás árvores
presentes na Serra morram, causando deslizamentos na encosta e trazendo
maiores prejuízos ambientais e, conseqüentemente, econômicos.

Prejuízo Amplo

Alheios aos danos causados ao meio ambiente estão os danos causados ao
homem.
Saúde, construções, agricultura, são alguns dos segmentos afetados com as
chuvas ácidas.
Os metais tóxicos que se encontram no solo, e que são liberados pelas
precipitações, podem chegar ao homem através dos rios.
A arquitetura é destruída gradativamente, pois os materiais utilizados nas
construções vão sendo corroídos aos poucos.
Por causa do tamanho, normalmente menor, as plantas utilizadas na
agricultura sofrem mais os danos das chuvas ácidas. A tendência à
uniformidade das áreas cultivadas, faz com que se perceba uma devastação
maior.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Reuso de água pode ser solução para sua escassez

Por Debora Kist
O reuso da água é prática constante em países europeus e asiáticos que não usufruem de abundância hídrica como os brasileiros. Dados do site Universidade da Água apontam que o Brasil tem a maior concentração de água doce do planeta, que em números equivale a 12%.
Reaproveitar a água significa reutiliza-la para o mesmo ou outro fim. O engenheiro civil sanitarista de São Paulo, Paulo Ferraz Nogueira, afirma que cerca de 200 litros diários gastos em casas no Brasil são divididos em: 27% para consumo (cozinhar, beber água), 25% para higiene (banho, escovar os dentes), 12% para lavagem de roupa; 3% outros (lavagem de carro) e, finalmente, 33% para descarga de banheiro. Isto mostra que, tanto nas cidades como nas indústrias se existirem duas redes, reusando “água cinzenta” (que são as águas resultantes de lavagens e banho) para descarga de latrinas, pode-se economizar 1/3 de toda água consumida no Brasil e ser uma das saídas para combater sua escassez.
Mesmo com grande potencial hídrico, o Brasil apresenta estatísticas que comprovam o seu mau uso. Segundo o professor da Universidade federal do Mato Grosso, Nicolau Priante Filho, há o uso de água com alta qualidade e pureza para permitir lavagem e higiene de materiais, e outro em que o líquido serve apenas como veículo para transporte de matéria orgânica em suspensão. Portanto, sem as mesmas exigências de pureza do primeiro uso. A solução seria uma tecnologia baseada em um dispositivo para separação da água da máquina de lavar de forma a atender ao sistema de descarga doméstico, sem a necessidade de tratamento.
Segundo a governadora do RS, Yeda Crusius, devido às perdas econômicas causadas por estiagens no estado, as questões relacionadas ao manejo da água são prioridades do atual governo. Ela disse que o governo está se estruturando com base na reserva de água e está de olho nas experiências de Israel.

Água vira motivo de guerra entre nações
Hoje, onze países da África e nove do Oriente Médio sobrevivem quase sem ela. O conflito entre Israel e Palestina não é apenas religioso e tem a ver com terra e água. México, Índia, China e EUA estão em situação crítica. No Brasil, há 12% de água doce superficial do mundo e 70% dela está na região Amazônica, enquanto os 30% restantes se distribuem desigualmente para atender 93% da população brasileira. Enquanto no Japão usa-se água de reuso para limpeza, aqui há um esbanjar por parte da população que chega a lavar o carro com água potável, algo de na Califórnia, EUA, renderia multa. Fonte: www.uniagua.org.br.

Nordeste brasileiro busca no mar água para beber
No Rio Grande do Norte uma das formas é reutilizar a água do banho, da cozinha e outros usos é por meio de filtro de calcário, para fins menos nobres como jardins e descargas sanitárias. Outra alternativa é a dessalinização da água para fins de abastecimento, que tem um custo maior que as idéias anteriores, mas pode resolver o problema da água existente nas áreas de solo arenoso. Segundo dados do site www.comciencia.br os programas precisam ter manutenção dos equipamentos porque certas peças se inutilizam quando obstruídas pelo sal. Ou seja, inicialemente dá certo, mas sem manutenção pode acabar.

Israel como modelo para combater as secas gaúchas
Pela sua condição geográfica, o setor hídrico de Israel foi obrigado a oferecer soluções avançadas aos seus cidadãos. Situado em uma das regiões mais áridas do mundo, o país foi pioneiro e lidera os conceitos de gestão nacional de água, irrigação por gotejamento, reciclagem e purificação de efluentes, dessalinização da água. Israel possui hoje o sistema de gestão da água mais avançado, com os métodos de irrigação mais desenvolvidos e a maior taxa de reutilização de efluentes do mundo. Os dados são da Assessoria de Comunicação do RS, no site oficial do governo gaúcho.