terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Semana Interamericana da Água discute o uso racional

Por Simone Jantsch

De 6 a 13 de outubro ocorreu a XIV Semana Interamericana e VII Semana Estadual da Água. Em Estrela, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Saneamento Básico e a Sala Verde Manoel Ribeiro Pontes Filho, em parceria com a Corsan e Emater/Ascar,promoveu durante o sábado, segunda e terça-feira, a Semana Interamericana da Água, intitulada de “Água Boa. Água para Todos”. O objetivo foi discutir questões relacionadas ao meio ambiente.
A Associação Estrelense de Sociedades de Água (Aesa), realizou debate na Câmara de Vereadores de Estrela. “Todos já ficaram sem água algum dia”, destacou o presidente da Aesa, Osmar Ferrari, lembrando da importância da preservação da água limpa. De acordo com ele, o objetivo é esclarecer à população que se deve ter o máximo de cuidado com o gasto excessivo de água subterrânea e, além disso, evitar a poluição dos lençóis. Participaram do encontro membros de diretorias de sociedades de água do interior do município – associadas a Aesa – e autoridades locais, entre elas a vice-prefeita de Estrela, Irene Teresinha Veloso, além da secretária do Meio Ambiente, Ângela Schossler, e do geólogo Manfred Koelm, que palestraram na ocasião.
Conforme o presidente da Aesa, a situação é preocupante. “Um dos fatores que mostra a escassez da água é o exemplo de algumas lagoas do Vale do Taquari. Há cerca de 40 anos havia lagoas de 6 a 8 metros de largura por 1,3 metro de profundidade de água, hoje encontramos apenas um filete. Fontes que abasteciam até dez famílias hoje estão secas”, ressalta.
Ferrari afirma que, em alguns anos, a água será um dos produtos de maior custo, e que já existem países que firmaram acordo com o Governo Federal para a exploração de água subterrânea no Brasil. “E esses países compraram o direito de explorarem a água subterrânea em determinados locais. Chegará o dia em que teremos de comprar nossa própria água. É preciso que estejamos atentos”, disse ele. Para a preservação da água, segundo o presidente da associação, são necessárias ações, como o plantio de árvores para a proteção das nascentes e mata ciliar nas margens de rios e arroios.
Hoje, a Aesa reúne 19 sociedades de água e ainda participa do Comitê Taquari-Antas, onde são debatidos assuntos referentes a proteção da água no Rio Grande do Sul.

O que é o Comitê Taquari-Antas?
O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas é a união de entidades representativas dos diferentes segmentos da sociedade e de órgãos do Governo,criado com base na Lei Estadual nº 10.350, de 30 de dezembro de 1994, e nas Constituições do Estado do Rio Grande do Sul e da República Federativa do Brasil.
Para atingir sua finalidade e cumprir com suas funções, o Comitê se organiza de forma semelhante a de um parlamento, onde eleitos representam os diferentes interesses da sociedade daquele município ou estado. Assim o Parlamento das Águas de uma bacia hidrográfica é formado por três bancadas: abancada dos representantes dos usuários da água; a bancada dos representantes da população da bacia e a bancada dos representantes do Estado, através de órgãos dos governos estadual e federal.
Usuários e população são bancadas majoritárias, ocupando 80% dos assentos, distribuídos em partes iguais: 40% para cada grupo. Das outras vagas, 20% são ocupadas por órgãos do governo estadual e federal, representando o Estado como o detentor do domínio das águas superficiais e subterrâneas.

Queimada no interior do município pode ser considerada crime ambiental

Por Simone Jantsch

Uma linha férrea como a que cruza o município de Estrela precisa estar sempre em bom estado de conservação. Para isso, manter as laterais da ferrovia livres de capoeira é uma premissa. Ocorre que o método para se alcançar isso nem sempre é o mais adequado.
Foi o que denunciou um morador de Linha Costão, no interior do município, que preferiu não se identificar. Dono de uma chácara nas proximidades dos trilhos de trem, no início do mês quase teve sua propriedade invadida pelas chamas, já que a empresa que administra a via optou pela queimada para fazer a limpeza dos seus 70 metros de domínio. “Entretanto, o fogo não obedece necessariamente aos limites geográficos legais e devastou também muita vegetação nativa”, reclamou o denunciante, que viu um funcionário da América Latina Logística (ALL) – empresa responsável pela via férrea – jogar as tochas. Além do mato, o fogo ainda destruiu várias árvores, em uma extensão de quase500 metros, inclusive um pé de Figueira, caracterizando um crime ambiental.
Até aquele momento, a Patrulha Ambiental (Patram) de Estrela não havia recebido nenhuma denúncia a respeito. “Atear fogo é crime e ninguém tem permissão para fazer isso. Se realmente foi a empresa, deverá ser processada por crime ambiental”,revela um dos membros da Patran, José Bauer.
Ainda segundo o denunciante, a prática da queimada para a limpeza da linha férrea acontece há mais anos. “Ano passado, meu filho procurou informações com os órgãos competentes, mas nada foi feito”, observa.

O que diz a ALL
Em relação ao fato ocorrido, a América Latina Logística declara que tem como um de seus principais valores a preservação ambiental e que, até o final de 2007, irá investir R$ 5 milhões em ações focadas no desenvolvimento sustentável.“Ficamos, portanto, bastante surpreendidos com a denúncia de um morador, de que nossos colaboradores estariam fazendo queimadas próximas ao trilho. A denúncia não faz sentido e contraria a natureza da nossa atividade, uma vez que esse tipo de atitude compromete seriamente a segurança de nossas operações e coloca em risco o transporte de produtos inflamáveis na região”, afirmou a ALL em comunicado oficial. Segundo a empresa, para fazer a limpeza da área em torno da linha férrea são utilizadas roçadeiras.
O que diz a Legislação Ambiental
A Lei de Crimes Ambientais pode ser consultada no site do Ibama – www.ibama.gov.br. No capítulo V – Dos Crimes Contra o Meio Ambiente, seção II – Dos Crimes Contra a Flora, o artigo 38 prevê detenção de um a três anos ou multa para quem destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente. Já no artigo 41,provocar incêndio em mata ou floresta prevê reclusão, de dois a quatro anos, ou multa.

Congresso Brasileiro de Jornalismo discute abordagens ambientais

Por Simone Jantsch.

De 10 a 12 de outubro ocorreu o 2º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. Este ano, o tema abordado foi “Aquecimento Global: Um desafio para a mídia” e teve como local o Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.
O evento foi direcionado, em especial, aos jornalistas brasileiros. Através de painéis, oficinas, conferências, mostra de vídeos e apresentações de trabalhos acadêmicos abordou-se questões ambientais na mídia. De acordo com a professora Jane Mazzarino, que participou do congresso, o objetivo era sensibilizar os jornalistas para uma cobertura mais qualificada sobre o problema ambiental. “Uma das grandes preocupações é a forma como os problemas ambientais estão sendo midiatizados. É preciso fazer com que as coberturas jornalísticas sejam feitas de forma mais correta”, ressalta ela.
Entre os palestrantes, estava o primeiro glaciólogo brasileiro e professor do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências da UFRGS, Jefferson Cardia Simões, que debateu sobre o tema mudanças climáticas, no segundo dia do evento. “Os jornalistas não questionam suas fontes, as informações que delas recebem. E é por isso que, na maioria das vezes, falta precisão na divulgação de dados. Confundem mudanças climáticas, aquecimento global e efeito estufa”, lembra o glaciólogo, dizendo que na maioria das vezes as notícias ambientais são utilizadas de forma sensacionalista. Simões garantiu ainda que um pouco de sensacionalismo não é prejudicial, mas que deve ser usado na dose certa e apenas com o intuito de chamar a atenção da sociedade.
Já o físico e Lama Budista Padma Samten fez referência às energias renováveis. “Usando os recursos para gerarmos facilidades acabamos gerando lixo. Este é um processo insustentável”, alertou Samten. Calcula-se que há cerca de 30 anos os hábitos de consumo não mudaram e que, apesar das inúmeras informações que circulam nos meios de comunicação, os impactos ambientais não mudaram. “Não podemos simplificar as questões. Necessitamos que seja criada uma responsabilidade social sobre o bem-estar humano”, finalizou Padma.

Os bois agora estão contra os ambientalistas

Carlos Eduardo Spohr

Segundo a edição de outubro de 2007 do jornal Bem Estar, o consumo de carne pode ser um aliado significativo a favor do aquecimento global. É o que conclui o relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, entitulado “A grande sombra da pecuária”. O documento apresenta dados que afirmam ser o setor pecuário mais poluente que o segmento dos transportes, no que concerne à emissão de CO2. Além disso, a pecuária causaria outros transtornos ambientais como escassez de recursos hídricos. A discussão, que antes era apenas uma retórica da ideologia vegetarianista, tem agora os fundamentos científicos necessários para que passe a ser pauta em todas as esferas que tratam do aquecimento global.
A criação de gado cresceu cinco vezes nos últimos cinqüenta anos, atingindo hoje um número estimado de 6 bilhões de cabeças. Estes animais liberam, através dos dejetos fecais, um gás chamado óxido nitroso, com potencial quase 300 vezes maior de aquecimento global que o gás carbônico. Além disso, é também no arroto bovino que se concentra uma arma perigosa para o aquecimento do planeta. É nesta parte do processo digestivo que o animal libera gás metano superior em 23 vezes ao potencial poluidor do CO2.

Biólogo alerta para o leque de devastação provocada pelo animal

Como se não bastasse a produção de gases, os bovinos também são os grandes causadores da erosão do solo, da desertificação e da escassez de recursos hídricos. É o que adverte o biólogo e ativista Sérgio Greif, em entrevista concedida à revista Època On-Line. O Brasil possui mais de 200 milhões de cabeças de gado atualmente, que teoricamente necessitariam de uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados para se sustentarem. Este território destinado à pecuária extensiva representa desflorestamento da mata nativa e realocação da fauna natural. Quanta à questão hídrica, cerca de 70% da água doce captada pelo homem é destinada à agricultura. Um quilo de carne bovina demanda, em média, consumo de 43 mil litros de água, envolvendo a água que o animal ingere e a água usada no abate e corte.
Diante destas informações, precisamos apenas ficar atentos se o discurso é procedente ou apenas recursos de retórica dos vegetarianos de plantão.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Calamidade: a proliferação de insetos

Por Francieli Stefani

A poluição gerada pela urbanização descontrolada provoca o aumento da população de mosquitos. A proliferação de mosquitos também se deve a um deficiente saneamento básico ou a práticas inadequadas de limpeza, além da incorreta deposição de resíduos orgânicos por certas indústrias e pela população. Para se desenvolverem, as larvas de mosquito precisam da existência de águas estagnadas, matéria orgânica, latas vazias, valas fora de uso, cursos de água não escoantes, cemitérios de automóveis, etc.
“Com o aquecimento do planeta e o desmatamento, a poluição e a falta de consciência das pessoas a terra está se encaminhando para um estado de calamidade pública.” A afirmação é da técnica da Emater de Relvado, Rejane Polesi que observa uma crescente proliferação de insetos, em cidades e no interior. “Ano passado, aqui em Relvado, um surto de besouros infestou a cidade. Todo lugar que se pisava, principalmente em baixo de luminárias, o chão estava repleto de besouros”, conta ela.
Para o técnico agrícola Cristiano Laste vários motivos colaboram para o aumento de insetos da região. Entre elas as alterações do habitat natural, a falta de alimentação, o manejo inadequado do lixo e dejetos. “A população que mais de desenvolveu foi a de moscas e mosquitos”, fala. Cristiano explica que os insetos só vão aonde têm sujeira. “Um manejo adequado do lixo, preservação do meio ambiente, preservação das matas e rios, e manutenção os quintais de casa, sem água parada, além de se colocar areia nas plantas do quintal e não manter nenhum recipiente que possa armazenar água ao céu aberto, são formas de controlar os insetos juntando o bom senso da população e as medidas adequadas, poderemos sim viver em condições mais agradáveis”, fala o técnico Cristiano.
No verão é quando os mosquitos mais se reproduzem. Devido ao calor a proliferação é rápida e intensa. O que mais preocupa a região é uma possível proliferação do mosquito aedes aegypti, o mosquito da dengue. Nas regiões urbanas os mosquitos da dengue e o pernilongo (Culex), são os que mais atacam. Em todo o vale está sendo feito o controle de vetores, para combater o borrachudo, pernilongo e a dengue. Três métodos de controle são possíveis, combinados ou não, conforme a complexidade do problema: o método físico ou ecológico, o método químico e o biológico.
O método físico é o mais eficaz e duradouro, ele consiste em eliminar possíveis focos de propagação da larva, propor boas condições de saneamento básico, higiene e limpeza, assim como maiores informações pras pessoas. Outro método consiste na utilização de compostos químicos de natureza variada (inseticidas, inibidores de crescimento, atrativos e repelentes). Neste caso o cuidado deve ser maior para não atingir outras espécies de animais. O controle biológico baseia-se em organismos capazes de atacar e devorar as larvas dos mosquitos indesejáveis (parasitóides, predadores, microrganismos patogênicos), como por exemplo aves predadoras de insetos, peixes e outros.




Proliferação e o aumento das doenças causadas por insetos


Os insetos são fontes de inúmeras doenças.
Algumas das principais doenças causadas por insetos são:

*A pulga e o Bicho – de - pé: tifo murino, peste bubônica, bicho-do-pé.
*Mosquito Barbeiro: doença de chagas.
*Percevejo: dermatite epidérmica.
*Mosquito em geral: leishmaniose, leishmaniose tegumentar americana, malária, dengue, febre amarela.
*Mosca: enterites, miíase furunculóide (Berne), miíase cavitária.
*Besouro: dermatites por contato.
*Mariposa: dermatite por contato.


A prevenção é o melhor remédio

Alguns dos mais importantes cuidados para prevenir a proliferação e transmissão de infecções causadas por insetos incluem:
*Não se instalar em locais onde habitem vetores de doenças;
*Preocupar-se com as condições dentro e nas proximidades das moradias;
*Não realizar devastações ou queimadas nas proximidades de sua moradia;
*Não poluir ambientes terrestres, aquáticos e aéreos;
* Informar as secretarias de saúde sobre as doenças causadas por insetos registradas em sua região.
*Evitar ao máximo o acúmulo de água estagnada.
Essas medidas podem tornar a região menos acometida por insetos de todas as espécies. O não cumprimento de normas de higiene e as queimadas podem eliminar importantes espécies predadoras de mosquitos, causando um desequilíbrio sistêmico, o que leva a proliferação das espécies indesejadas.




Dengue um perigo a vista

O mosquito transmissor da dengue recebe o nome cientifico de aedes aegypty. A doença é causada pela picada da fêmea do mosquito. De 8 a 12 dias após ter sugado sangue de pessoa contaminada, o mosquito está apto a transmitir a doença. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para uma pessoa sadia, nem através da água ou alimento. Em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.

Fontes: www.animalplanetbrasil.com; www.brasilescola.com; www.inpa.gov.br; www.tierramerica.net; www.ufba.br; www.ibama.gov.br e EMATER de Relvado.

Prefeitura de Lajeado investe R$ 111 mil

Por Francieli Stefani

Lajeado é o primeiro município da região e único á ter um Centro de Controle de Zoonozes e Vetores.

Cães abandonados nas ruas sempre foi um dos principais problemas nas grandes cidades. Hoje a situação está se agravando também em cidades do interior, como é o caso do município de Lajeado, também tem enfrentado dificuldades com o grande número de animais abandonados nas ruas.
Preocupada em buscar uma alternativa para solucionar o problema, a Prefeitura de Lajeado optou pela criação de um CCZ - Centro de Controle de Zoonose e Vetores. Segundo informações da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o local que vai contar com cerca de 200 m² e terá um custo de R$ 111 mil, vai servir de abrigo para animais domésticos de pequeno porte. A obra está sendo construída ao lado do Aterro Sanitário Municipal, na divisa dos bairros Conventos e São Bento. O centro conta com 20 baias, para acolher cerca de 30 animais, inicialmente, além de toda uma estrutura de solarium para banhos de sol, uma sala para procedimentos cirúrgicos e ainda um espaço isolado para animais em situações críticas.
A construção do CCZ em Lajeado, está gerando polêmica e sendo alvo de críticas, principalmente por parte dos ambientalistas e pessoas ligadas a defesa do meio ambiente. O ambientalista Roger de Oliveira, 19 anos, natural de Lajeado, aposta que a construção do CCZ não será bem aceita pela população. “Os animais serão recolhidos e se estiverem machucados serão postos junto com os demais, os cães ficarão expostos para adoção num período de dez dias, caso ela não ocorra os animais serão anestesiados e incinerados, com certeza a população se revoltará contra isso”, complementa o ambientalista.
A secretária do Meio Ambiente afirma que o Centro de Controle de Zoonozes e Vetores de Lajeado é um serviço pioneiro e único na região, e um dos mais completos. “O centro é do município e acolherá somente animais de Lajeado. A nossa idéia é centralizar todos os serviços, de zoonozes e vetores em um só lugar” Ela acrescenta ainda que o controle de vetores já é feito desde 2005 contando com uma equipe de cinco funcionários, desde sua criação o serviço já teve investimento de R$220 mil.
Segundo Simone, a visão do ambientalista não é real. “O centro não visa matar os animais mas sim tratá-los, realizando o processo de castração e vacinação, preparando-os para uma futura adoção. Caso os animais não forem adotados eles continuarão no centro, tendo todos os cuidados, até encontrarem um lar.” A secretária afirma que o centro contara com quatro funcionários: um operário, um veterinário e duas pessoas para trabalharem no setor administrativo.
“Com esse local pretendemos controlar qualquer outro problema de saúde pública e proteger os animais vítimas de maus tratos” afirma. Ela comenta que serão realizadas feiras para despertar o interesse da população Lajeadense pelos cães, assim como um trabalho de conscientização e orientação incentivando o cuidado e a adoção dos animais.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Perigo: chuva

Por Camila Devitte Dal Pian

Uma das principais conseqüências da poluição do ar são as chuvas ácidas.
Substâncias como óxidos de nitrogênio e de enxofre são liberadas durante a
queima de carvão ou de petróleo por carros e fábricas. Tais resíduos, em
contato com a água, formam os ácidos nítrico e sulfúrico encontrados nas
chuvas ácidas.
As chuvas não ocorrem necessariamente nas cidades que produzem os poluentes.
Na maioria das vezes, essas substâncias viajam pela atmosfera e
precipitam-se em cidades com baixo índice de poluição. Este acontecimento é
muito comum na Europa. Um exemplo são os problemas enfrentados pela Suécia e
Noruega, que sofrem com os resíduos produzidos pela Inglaterra. Na Suécia,
10 mil lagos estão praticamente mortos. Já na Noruega, outros 2 mil perderam
seus peixes.
Por causa de sua composição, as chuvas ácidas provocam a alteração dos
componentes do solo e envenenamento da fauna e flora. Assim o solo se
empobrece e compromete a vegetação, bem como a cadeia alimentar. As chuvas
ácidas também são responsáveis pelo deterioramento de metais, rochas e
edifícios.
No Brasil, a região com maior problema de poluição é a de Cubatão, próxima
á Serra do Mar. Os altos índices de substâncias poluentes provocam a morte
da vegetação nativa. Por este motivo, corre-se o risco de que ás árvores
presentes na Serra morram, causando deslizamentos na encosta e trazendo
maiores prejuízos ambientais e, conseqüentemente, econômicos.

Prejuízo Amplo

Alheios aos danos causados ao meio ambiente estão os danos causados ao
homem.
Saúde, construções, agricultura, são alguns dos segmentos afetados com as
chuvas ácidas.
Os metais tóxicos que se encontram no solo, e que são liberados pelas
precipitações, podem chegar ao homem através dos rios.
A arquitetura é destruída gradativamente, pois os materiais utilizados nas
construções vão sendo corroídos aos poucos.
Por causa do tamanho, normalmente menor, as plantas utilizadas na
agricultura sofrem mais os danos das chuvas ácidas. A tendência à
uniformidade das áreas cultivadas, faz com que se perceba uma devastação
maior.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Reuso de água pode ser solução para sua escassez

Por Debora Kist
O reuso da água é prática constante em países europeus e asiáticos que não usufruem de abundância hídrica como os brasileiros. Dados do site Universidade da Água apontam que o Brasil tem a maior concentração de água doce do planeta, que em números equivale a 12%.
Reaproveitar a água significa reutiliza-la para o mesmo ou outro fim. O engenheiro civil sanitarista de São Paulo, Paulo Ferraz Nogueira, afirma que cerca de 200 litros diários gastos em casas no Brasil são divididos em: 27% para consumo (cozinhar, beber água), 25% para higiene (banho, escovar os dentes), 12% para lavagem de roupa; 3% outros (lavagem de carro) e, finalmente, 33% para descarga de banheiro. Isto mostra que, tanto nas cidades como nas indústrias se existirem duas redes, reusando “água cinzenta” (que são as águas resultantes de lavagens e banho) para descarga de latrinas, pode-se economizar 1/3 de toda água consumida no Brasil e ser uma das saídas para combater sua escassez.
Mesmo com grande potencial hídrico, o Brasil apresenta estatísticas que comprovam o seu mau uso. Segundo o professor da Universidade federal do Mato Grosso, Nicolau Priante Filho, há o uso de água com alta qualidade e pureza para permitir lavagem e higiene de materiais, e outro em que o líquido serve apenas como veículo para transporte de matéria orgânica em suspensão. Portanto, sem as mesmas exigências de pureza do primeiro uso. A solução seria uma tecnologia baseada em um dispositivo para separação da água da máquina de lavar de forma a atender ao sistema de descarga doméstico, sem a necessidade de tratamento.
Segundo a governadora do RS, Yeda Crusius, devido às perdas econômicas causadas por estiagens no estado, as questões relacionadas ao manejo da água são prioridades do atual governo. Ela disse que o governo está se estruturando com base na reserva de água e está de olho nas experiências de Israel.

Água vira motivo de guerra entre nações
Hoje, onze países da África e nove do Oriente Médio sobrevivem quase sem ela. O conflito entre Israel e Palestina não é apenas religioso e tem a ver com terra e água. México, Índia, China e EUA estão em situação crítica. No Brasil, há 12% de água doce superficial do mundo e 70% dela está na região Amazônica, enquanto os 30% restantes se distribuem desigualmente para atender 93% da população brasileira. Enquanto no Japão usa-se água de reuso para limpeza, aqui há um esbanjar por parte da população que chega a lavar o carro com água potável, algo de na Califórnia, EUA, renderia multa. Fonte: www.uniagua.org.br.

Nordeste brasileiro busca no mar água para beber
No Rio Grande do Norte uma das formas é reutilizar a água do banho, da cozinha e outros usos é por meio de filtro de calcário, para fins menos nobres como jardins e descargas sanitárias. Outra alternativa é a dessalinização da água para fins de abastecimento, que tem um custo maior que as idéias anteriores, mas pode resolver o problema da água existente nas áreas de solo arenoso. Segundo dados do site www.comciencia.br os programas precisam ter manutenção dos equipamentos porque certas peças se inutilizam quando obstruídas pelo sal. Ou seja, inicialemente dá certo, mas sem manutenção pode acabar.

Israel como modelo para combater as secas gaúchas
Pela sua condição geográfica, o setor hídrico de Israel foi obrigado a oferecer soluções avançadas aos seus cidadãos. Situado em uma das regiões mais áridas do mundo, o país foi pioneiro e lidera os conceitos de gestão nacional de água, irrigação por gotejamento, reciclagem e purificação de efluentes, dessalinização da água. Israel possui hoje o sistema de gestão da água mais avançado, com os métodos de irrigação mais desenvolvidos e a maior taxa de reutilização de efluentes do mundo. Os dados são da Assessoria de Comunicação do RS, no site oficial do governo gaúcho.

domingo, 30 de setembro de 2007

Alimentação saudável e sustentável

Por Nicole Sberse Morás

As preocupações com a saúde e com o meio ambiente incentivam o consumo de alimentos naturais. Uma vez considerados apenas parte da cultura hippie, hoje os alimentos orgânicos vêm ganhando espaço na economia global. Além de oferecer benefícios à saúde de seus consumidores e produtores, o plantio de frutas e hortaliças orgânicas evita que terras férteis sejam contaminadas e, assim, ajuda o meio ambiente.
Embora os produtos orgânicos custem mais aos consumidores – cerca de 30% a 50% se comparado aos produtos tradicionais - a cada ano cresce o consumo e produção deste tipo de alimento. De acordo com a Foundation Ecology and Agriculture SOEL, a área plantada com orgânicos no Brasil cresceu cerca de 300% em apenas dois anos. Tal desenvolvimento permite que o país seja considerado o segundo colocado na lista mundial dos maiores produtores. A maior parte dos consumidores encontra-se nos Estados Unidos, Europa e Japão, para onde o Brasil exporta.
Esses vegetais são cultivados sem agrotóxicos e de forma a preservar a natureza. Isso porque os agricultores usam técnicas como a rotação de cultura, compostagem, adubação verde e esterco animal. Dessa maneira, a fertilidade do solo é preservada e os produtos tornam-se mais saudáveis, mais gostosos e ambientalmente responsáveis. Para assegurar que os produtos são mesmo orgânicos, a Associação de Agricultura Orgânica (AAO) e a Organização Internacional Agropecuária (OIA) criaram certificados de garantia para os orgânicos.
Além de estar presentes em supermercados, os produtos orgânicos também ganharam espaço na Internet. Há sites especializados nesse tipo de venda, como o Caminhos da Roça, que conta com mais de 400 itens. Em Lajeado, produtos orgânicos podem ser encontrados nos supermercados Imec e Rissul. No entanto, a tradição de comprá-los na Feira de Produtores se mantém viva na cidade. Alguns produtores orgânicos vão à cidade para vender seus produtos e obter a renda da família. A agricultora Débora Seidel, de Alto Conventos, vende seus produtos orgânicos quatro vezes por semana em Lajeado, nas feiras do Centro e do bairro São Cristóvão. Confira a seguir a entrevista com a produtora:
Nicole: Vocês utilizam agrotóxicos em sua plantação?
Débora: A gente procura não usar, mas com o tomate é bem complicado. Ás vezes a alternativa é uma mistura de pimenta com cachaça para espantar os insetos.
Nicole: As pessoas perguntam se os produtos são orgânicos?
Débora: A maioria pergunta, mas as pessoas freqüentam mais a feira porque os produtos são mais baratos, são fresquinhos e já sabem que não têm agrotóxicos. A gente tenta sempre agradar o cliente, mas às vezes as verduras não estão boas. Depende do tempo.
Nicole: Vocês fornecem hortaliças para supermercados?
Débora: Dificilmente. Já fornecemos uma vez, ano passado, para o STR.
Nicole: Qual a quantidade de área que vocês mantêm plantada?
Débora: Para o cultivo de verduras nós temos uns 2 hectares plantados. Além disso, plantamos aipim e milho. A gente tem ainda uma agroindústria, pra poder fabricar pão e vender na feira, senão as bancas do lado denunciam por inveja e a vigilância sanitária aparece. Com o registro de agroindústria não há problema.

O custo do orgânico
Em geral, os produtos orgânicos apresentam preço elevado no mercado, pois seu processo de produção é mais complexo. Além de necessitar de maiores investimentos para a viabilidade do plantio, a cultura exige mais mão-de-obra. A produção é feita em pequena escala e o risco de perda é maior.

Transformação complexa
Compostagem é o processo de transformação de materiais pesados, como palhada e estrume, em materiais orgânicos úteis na agricultura. Este processo envolve transformações extremamente complexas de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do solo que utilizam a matéria orgânica in natura como fonte de energia, nutrientes minerais e carbono.
Por isso, um amontoado de lixo orgânico não é apenas um monte de lixo orgânico empilhado ou estocado. É um modo de fornecer as condições adequadas aos microorganismos para que esses degradem a matéria orgânica e disponibilizem nutrientes para as plantas.

Associação de Agricultura Orgânica (AAO) : http://www.aao.org.br

Link 4: Organização Internacional Agropecuária (OIA): http://www.oiabrasil.com.br/prog-organicos-brasil.htm

Caminho da Roça: http://www.caminhosdaroca.com.br/

Fontes:
http://revistapaisefilhos.terra.com.br/conteudo_01.asp?ds_setor=Especial&cd_setor=37&edita=sim&cd_materia=195
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/rural/capa07.htm
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1973/artigo58918-1.htm?o=r
http://www.terra.com.br/istoe/1847/ciencia/1847_avanco_verde.htm
http://www.ovoorganico.com.br/

A controvérsia animal

por Nicole

O uso de animais em pesquisa científica ocorre desde que a ciência viu a necessidade de aplicar o conhecimento teórico à prática. Seja para conhecer melhor o funcionamento dos órgãos ou o efeito de medicamentos em seres vivos, os bichos ocupam posição de destaque como cobaias. Paralelo ao crescimento deste tipo de uso, aumenta a preocupação com a utilização inadequada desses objetos de pesquisa.
Organizações de defesa dos animais, juristas e pesquisadores discutem sobre a ética em pesquisas. Defensores dos animais não aceitam sua utilização como cobaias, pois alegam que eles sentem dor, possuem memória e sensibilidade. No entanto, a sociedade científica aponta diversos benefícios que só puderam ser obtidos a partir da pesquisa em animais. Um dos exemplos mais presentes em nosso dia-a-dia é o uso de antibióticos, possível graças às pesquisa com ratos, coelhos e camundongos. Tecnologias utilizadas atualmente em cirurgias cardíacas também se tornaram viáveis em função desse tipo de pesquisa.
Para garantir os direitos dos animais e regular atividade de experimentação , existe um Código de Princípios Éticos do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA). Nele estão estabelecidas condutas éticas que devem ser adotadas para que exerça essa atividade da melhor maneira possível.

O uso de animais na história

Na Grécia Antiga, os filósofos já pensavam sobre a relação dos homens com os bichos da natureza. Eles foram utilizados para fins didáticos por Hipócrates (450 aC) e em vivissecções por Galeno (129-210aC). Vivissecção são testes de variáveis de comportamento provocadas nos animais. O pensador René Descartes, no século XVII, pensava que não havia mal em utilizar animais em pesquisas, já que esses seres não possuíam alma e, por isso, não sentiam dor. No ano de 1978, a UNESCO lançou a Declaração Universal de Direitos dos Animais, segundo a qual: nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor; toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito; estão previstos todos os direitos dos animais e as conseqüências para ação do homem sobre eles.

Faltam leis

No Brasil ainda não há uma lei estabelecida pelo governo que diga respeito ao uso de animais como cobaias. Em 1996 foram lançados projetos de lei que não chegaram a ser efetivados. Por conta disso, cada instituição cria sua própria Legislação Ética. A Univates, através do Comitê de Ética e Pesquisa (Coep), regula as atividades de pesquisa em animais de acordo com Código Estadual de Proteção Animal e Diretrizes da Utilização de Animais em Experimentos Científicos da Bioética da Ufrgs ( Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Avanços obtidos através do uso de animais em pesquisa

Confira a seguir exemplos de benefícios obtidos a partir de experimentação em animais:
• Descoberta da insulina
• Produção de antibióticos
• Diagnóstico de doenças como o câncer
• Desenvolvimento de tratamentos como quimioterapia
• Criação de marca-passos
• Pesquisa sobre tranqüilizantes
• Conhecimento sobre transplantes.

domingo, 16 de setembro de 2007

Plantação de árvores exóticas ameaça animais no RS

Por Débora Kist

A expansão da monocultura de árvores exóticas e o desmatamento são responsáveis pelo declínio e a extinção de 26 espécies da fauna dos campos gaúchos. Segundo Glayson Bencke, biólogo e um dos autores do Livro Vermelho da Fauna ameaçada de extinção no RS, atualmente cinco dessas espécies têm a plantação de eucaliptos e pinus como ameaça direta.
Entre as cinco espécies que correm maior risco, quatro são aves: noivinha-de-rabo-preto, caminheiro-grande, caboclinho-de-barriga-preta e veste-amarela. Entre as demais 21 estão espécies de besouros, anfíbios e répteis. Em outubro de 2005, o governo gaúcho iniciou um megaprojeto para expandir a área de plantações comerciais de árvores na metade sul e no nordeste do Estado. Conforme Bencke, animais exclusivos destas regiões, de campos ensolarados, não se adaptam ao novo ambiente de floresta, que é sombrio.
Além dos impactos na diversidade da fauna, a plantação de árvores exóticas feita para suprir a indústria madeireira, de celulose e de papel, pode ainda trazer outras conseqüências ambientais. De acordo com Carla Villanova, do Núcleo Amigo da Terra/Brasil, sem um sério estudo sobre os impactos socioambientais não é possível prever o real impacto desta expansão na fauna riograndense. Ela explica que o plantio de árvores exóticas não deve ser confundido com florestamento ou reflorestamento, porque não é feito a favor de questões ambientais.
A sociedade tem se manifestado sobre o tema. Para o comerciante Inácio Brixius, de Venâncio Aires, a extinção de animais no estado é algo procedente: “Plantando árvores diferentes às que os animais estão acostumados, acho que é difícil eles sobreviverem”, afirma. Ana Flávia Hantt, estudante de jornalismo da Unisc, afirma que o impacto causado pelo desmatamento é mais prejudicial que o florestamento exótico. “Creio que o desmatamento atinge muito mais espécies por ainda ocorrer em maiores proporções do que a monocultura de árvores”. Para a professora de biologia de Passo do Sobrado, Solange Meurer, plantar árvores exóticas pode gerar a descaracterização de um ecossistema e a conseqüente extinção de recursos naturais tão necessários para a sobrevivência de determinada fauna.

Empresas de celulose são capazes de produzir três milhões de toneladas por ano. Dados do site Defesa da Vida Gaúcha apontam que o Rio Grande do Sul possui aproximadamente 400 mil hectares de monocultura de eucalipto, pinus e acácia. A estimativa é de que, em um pouco mais de uma década, as terras gaúchas, em sua maior parte formadas por campos nativos, terão mais de um milhão de hectares ocupados por plantações comerciais de árvores. Isto porque o governo gaúcho pretende instalar três grandes fábricas de celulose até 2010. Com a justificativa de desenvolver a economicamente retraída metade sul do estado, planeja-se a inauguração, em poucos anos, de uma unidade da Stora Enso, uma da Votorantim Celulose e Papel e de uma nova unidade da Aracruz na região. Cada uma capaz de produzir um milhão de toneladas de celulose branqueada por ano, o que necessitaria de uma forte e vigorosa base 'florestal' de eucaliptos, que ocuparia uma área de 300 mil novos hectares.

Livro aponta fauna ameaçada no RS. Ao longo de suas 632 páginas, o Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul informa os principais ecossistemas do Estado, disponibiliza mapa político, atmosférico, das unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável, e sobre as Reservas Particulares de Patrimônio Natural. Além de uma introdução sobre o desenvolvimento do projeto, a obra chama a atenção por quantificar as principais ameaças à fauna gaúcha, e orientar o público sobre ações recomendadas para conservação. Saiba mais no site www.pucrs.br.

NAT promove campanha contra plantio de árvores exóticas. O Núcleo Amigos da Terra / Brasil vem realizando, desde 2006, uma forte campanha contra a expansão das áreas com plantações de árvores exóticas no Rio Grande do Sul. Esta campanha visa evitar que a instalação de plantações de árvores exóticas em larga escala nos campos nativos gaúchos, acarrete impactos como a extinção de espécies de animais nativos. A diminuição do fluxo de água dos rios, a seca de vertentes e córregos, o aumento da salinidade e acidez dos solos, a desconfiguração de paisagens e de culturas e o aumento do êxodo rural nas regiões afetadas, são outros riscos da monocultura de árvores exóticas. Fonte: www.natbrasil.org.br

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Cuidado com o animal que você tem em casa

Por Camila Devitte Dal Pian

Apesar do tratamento especial dedicado aos animais de estimação, algumas precauções evitam transmissão de doenças. O pêlo, a saliva, as patas, a urina e as fezes são os focos de contaminação. Sarna, raiva, micoses e rinite podem ser adquiridas pelo contato com os animais.
Transmitida por cães, gatos, cavalos ou morcegos, a raiva é a mais conhecida das zoonoses. O homem contrai esta doença tanto pela mordida, quanto pelo contato de mucosas e feridas com a saliva de animais contaminados.
Além da raiva, cães e gatos, e também coelhos e cavalos, podem transmitir a sarna, através do contato próximo com o bicho doente. As micoses também são contraídas desta forma.
Conforme a veterinária Caroline Bersch, uma das formas de evitar que o animal adquira sarna e micoses é manter sempre limpo o local onde o animal dorme. Evitar umidade também é recomendável. “Banhos no intervalo de no máximo 15 dias também é importante. É necessário manter o bichinho limpo”, completa.
A vacinação em dia e as visitas constantes ao veterinário são formas de evitar que seu animal adquira doenças que contaminem o homem. Também não se aconselha dividir cama, ou até mesmo alimentos com eles, já que o contato direto aumenta as chances de transmissão.

Cães e gatos também transmitem leptospirose

Não são somente os ratos os transmissores de leptospirose. Cães e gatos também são responsáveis por esta doença. O contato da urina com mucosas ou feridas, e a ingestão de água contaminada com urina são as formas de se contrair leptospirose.
Para evitar a doença, é importante não deixar comida durante a noite para os bichos, quando podem ser contaminadas. Vacinar os animais também é necessário.


Toxoplasmose, perigo para grávidas e aidéticos

Transmitida pelos gatos, a toxoplasmose é passada para o homem através do contato com as fezes do animal. É uma doença perigosa para mulheres e aidéticos. O contágio da toxoplasmose nas grávidas pode trazer problemas sérios para as acrianças. Nos aidéticos, as conseqüências podem ser graves, causando lesões no sistema nervoso, pulmões, coração e retina. Em alguns casos pode até matar, já que a capacidade imunológica do paciente está muito baixa.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Energia elétrica atende cerca de 92% dos domicílios no país

Por Débora Kist

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) aponta que a energia de origem hídrica é hoje a segunda maior fonte energética no mundo, perdendo apenas para o petróleo. O Brasil é um país privilegiado em recursos hídricos e altamente dependente da energia hídrica. Mais de 90% da energia elétrica brasileira provém de rios.
Segundo a Petrobrás, o Brasil detém 15% das reservas mundiais de água doce disponível, porém só utiliza um quarto de seu potencial. Desta forma, o governo tem incentivado, por meio de mecanismos legais e regulatórios, a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH). O uso de PCH como fonte de energia vem crescendo no país em função do grande potencial brasileiro e dos baixos impactos ambientais.
Mesmo com toda a importância que a água representa, foi em 1934 que a legislação tomou conhecimento disso. O Código de Águas Brasileiro, criado com a finalidade de estabelecer o regime jurídico das águas no Brasil, dispõe sobre sua classificação e utilização, bem como sobre o aproveitamento do potencial hidráulico, fixando as respectivas limitações administrativas de interesse público.
A abundância em bacias hidrográficas corresponde à construção de inúmeras represas hidrelétricas. A maior do Brasil é a de Itaipu, no estado do Paraná. Dados do Jornal Ambiente Brasil revelam que a construção de represas pode resultar em impactos negativos como: inundação de áreas agricultáveis, alterações na fauna do rio e perdas de heranças históricas e culturais, assim como alterações em atividades econômicas e usos tradicionais da terra. Mesmo com isso, deve-se considerar como efeitos positivos a criação de possibilidades de recreação e turismo, o aumento do potencial de irrigação, o transporte em hidrovias e, principalmente, a produção de energia elétrica.


Não apenas petróleo: Petrobrás investe na bioenergia. De acordo com seu site, a empresa petrolífera está engajada em projetos para a produção de energia renovável. Uma delas é a produzida pela água. Com isso, a Petrobrás poderá reduzir as emissões de gás carbônico (CO2) na atmosfera em aproximadamente 223 mil toneladas por ano.

A história da legislação hídrica no Brasil. Conforme informações da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, o Brasil vem produzindo, desde o início do século passado, legislação e políticas que buscam gradativamente consolidar uma forma de valorização de seus recursos hídricos. Fonte: www.cetesb.sp.gov.br

Itaipu bate recorde de produção em 2006. A usina de Itaipu atingiu em 2006, a segunda maior produção de energia de sua história: 92.689.963 megawatts-hora (MWh). O total produzido por Itaipu seria suficiente para suprir cerca de 81 dias o consumo de energia elétrica de todo o Brasil, que no ano passado atingiu um patamar histórico. Em 2006, a produção de Itaipu atendeu 20% de todo o consumo de eletricidade brasileiro e 95% da demanda paraguaia. Ficou só um pouco abaixo de seu recorde histórico do ano 2000 (93.427.598 MWh). Para alcançar a produção daquele ano, seria necessário que a usina gerasse, em 2006, mais 737.662 MWh, ou seja, o equivalente a apenas três dias de produção. Saiba mais no site www.itaipu.gov.br.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Para onde vai o lixo? A moda dos reciclados no Brasil e no mundo

Por Débora Kist

Segundo o conceito Aureliano, moda é maneira; costume; uso geral. Tudo e todos aderindo à moda; e o lixo também. O paradoxo se encontra na seguinte estatística: as maiores cidades brasileiras, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte não possuem coleta seletiva de lixo. Os dados vêm da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE, de 2000, que aponta a região sul como líder em reaproveitamento de resíduos sólidos. O Rio Grande do Sul é o estado onde o reaproveitamento do lixo é maior, com 22,5% dos municípios reciclando os resíduos. Em Santa Catarina, 16,7% dos municípios reciclam seu lixo, e no Paraná 10%. Embora a coleta seja freqüente, muito do lixo vai para aterros que não são controlados, ou seja, não recebem tratamento adequado.
O que fazer com o lixo consumido não é mais uma incógnita. “Eu separo da maneira que dá e procuro no mercado peças recicladas. Por exemplo, venho utilizando o papel A4 reciclado em todas as aulas e os meus alunos aprovaram a idéia”, revela a professora Liane Mohr, de Venâncio Aires. Ela conta que outro dia, comprou dois vasos de flores feitos de pneus usados. “Daqui a pouco tudo na nossa casa poderá ser reaproveitado”, afirma.
Inicialmente, o papel era o resíduo mais reaproveitado, pois representa em torno de 20% do lixo produzido, conforme dados do site www.consciencia.net. Agora, além do papel, plástico e alumínio, outros resíduos vêm sendo reciclados. O vidro, utilizado em tampos de mesa, janelas, embalagens de alimentos e lentes de óculos é responsável por números significativos. Segundo informações do site www.resol.com.br, o índice de reciclagem de vidro no Brasil equivale a 45%, ou 400 mil toneladas por ano e gera em torno de 12 mil empregos anuais.

ANIP investe 20 milhões de reais em coleta de pneus
A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) foi selecionada para o Prêmio AutoData Os Melhores do Setor Automotivo de 2007 na categoria Responsabilidade Ambiental pela criação da Reciclanip, entidade que atua na coleta e destinação de pneus inservíveis em todas as regiões do país. A Reciclanip contabiliza 700 mil toneladas de pneus retirados da natureza, o equivalente a 139 milhões de pneus de automóvel. Os pneus convencionais são transformados em solas de sapato, percinta para sofás, vasos para plantas, pisadas antiderrapantes e na construção de asfaltos. Todos derivados do petróleo, que ainda é utilizado na fabricação de benzinas, óleo diesel, gasolina, alcatrão, polímeros plásticos e até mesmo medicamentos.

Programa leva pessoas para viver no meio do lixo
A reutilização de resíduos sólidos virou moda no mundo todo. Na Grã-Bretânia, um reality show quer mostrar o que é desperdiçado no país. Segundo o site da BBC Brasil, os voluntários foram deixados numa lixeira perto da cidade de Croydon, na região metropolitana de Londres. Devido aos perigos do lixo como seringas e substâncias químicas, foi construída uma lixeira exclusiva e que se aproxima muito de um depósito real. Ao lançar o anúncio do programa, o canal britânico de televisão Channel 4 apenas falou num desafio ecológico. Os 11 participantes no concurso foram mais tarde surpreendidos pela sua nova “casa”. Para o Channel 4, os ingleses desperdiçam muito e não reciclam o suficiente. O reality show vai chamar-se Dumped (Deitados ao lixo), onde vão viver três semanas.

Sacolas de Pano: ser consciente está na moda

Por Camila Devitte Dal Pian

A Prefeitura Municipal de Lajeado lançou no dia 05 de Junho a Sacola de
Pano. A medida busca fazer com que as pessoas deixem de usar as sacolas
plásticas, que agridem o meio, e passem a usar a de pano em suas compras.
Parte integrante do programa A Cidade Educa, o projeto recebe apoio da
Florestal Alimentos, Morar Bem Investimentos Imobiliários, Bebidas Fruki,
Construtora Giovanella, Construtora Zagonel, Mondial Veículos e Posto
Giovanella. Estas empresas são responsáveis pelo custeio da primeira etapa
do projeto, de R$ 27.500,00.
Gerente do Posto Giovanella, Marcos Rodrigues, acha válida a participação da
empresa neste projeto. Ajudando na implantação do programa Sacola de Pano,
Marcos acredita que consegue-se mostrar para a população a importância da
adoção dessas pequenas medidas. “Se cada um fizer a sua parte, podemos
diminuir um pouco desse impacto no meio ambiente”, comenta.
Para adquirir a sacola de pano em Lajeado, basta ir até a sede da Secretaria
de Meio Ambiente, localizada no Parque do Engenho, e doar um quilo de
alimento não perecível. As primeiras cinco mil sacolas foram distribuídas
para a população na Feira do Produtor e no Parque Professor Theobaldo Dick.

Imec também lança campanha

Preocupada com a conscientização da população, a rede de supermercados Imec
lançou a “Sacola Ecológica Imec – Economize a Natureza, Ganhe Qualidade de
Vida” , em todas as suas 15 lojas nos vales do Taquari, Rio Pardo e Caí.
Diferente do projeto da Prefeitura de Lajeado, as sacolas do Imec são
adquiridas nas compras acima de R$ 50,00 com o acréscimo de mais R$ 2,00. O
lucro será revertido para instituições assistenciais de cada cidade, onde as
sacolas vão ser vendidas.


Idéia se espalha pela região

Santa Cruz do Sul também lançou sua sacola ecológica, ao custo de R$ 7,00.
O dinheiro arrecadado com as vendas será doado para o Lar da Menina. Com o
patrocínio da Pitt e da Posser Advogados Associados, foram feitas 500
sacolas. O objetivo do projeto é distribuir duas mil sacolas durante os dois
meses de execução.